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No período em que vivemos em que há uma necessidade de reinventar todas as formas de estar no turismo, em que o certo é que nada vai ser como dantes, urge um trabalho amplo e diferenciado de todos os agentes no sentido de se encontrarem rapidamente soluções de productos turísticos ajustados a uma nova procura que neste momento ninguém conhece.
A trágica situação que o sector está a viver abre uma janela de oportunidade, por forma a que este novo trabalho se paute pela sustentabilidade ambiental privilegiando destinos e produtos que sempre estiveram fora dos circuitos tradicionais dos mercados.
Segundo os estudos da Bloom Consulting, para superar os desafios que esta pandemia colocou aos Países, Regiões e Cidades, temos de analisar questões críticas e desenvolver uma nova abordagem ao turismo. 
Dependendo da forma como os Países e os seus governos e autarquias têm lidado com a emergência, assim os turistas irão escolher os seus próximos destinos de viagem.
Dados reais e análises diretas sobre como a saúde, a mobilidade, o turismo e a economia mudaram. O que se pode esperar num futuro próximo? Desde as quarentenas a nível nacional e os milhões de pessoas infetadas, até à incerteza na retoma das viagens e ao aumento do desemprego, esta pandemia e par da atual guerra impactaram todos as áreas das nossas vidas. 
As suas consequências colocaram o mundo num estado de esgotamento e numa constante procura por soluções e estratégias inovadoras para ultrapassar um período extremamente difícil.

O que é necessário fazer:
- Redesenhar e redefinir sua oferta turística do destino.
- Pensar o turismo no todo, pois os comportamentos e preferências dos turistas mudaram. 
- Assegurar que a estratégia de marca enfatiza o destino como atrativo e seguro. 

Em conclusão.
- A oferta de produtos deve ser ajustada às novas expetativas e necessidades dos turistas. Os turistas irão procurar novas opções onde possam encontrar destinos menos concorridos e com bons programas de higiene. 
- Esta é uma oportunidade para que os destinos mais pequenos também atraiam turistas, criando um equilíbrio e evitando que as multidões encham os destinos tradicionais. 
- As anteriores estratégias turísticas também devem ser revistas, pois podem ter-se tornado obsoletas. 
O objetivo é assegurar uma abordagem sustentável, a longo prazo, para mostrar às pessoas que o destino está preparado para qualquer imprevisto.
Também o economista António Costa e Silva autor do Plano de Recuperação e Reseliência, é perentório em afirmar que “além do turismo convencional, é importante reforçar a diversificação da oferta e contemplar programas para o turismo de natureza e turismo cultural”. Costa e Silva faz notar ainda que, dada a importância do turismo, “tudo o que possa aumentar a sua resiliência deve ser explorado”.
Por sua vez António Bernardo, CEO da Roland Berger Portugal e responsável pelos últimos dois Planos Estratégicos Nacionais do Turismo, tem reafirmado por diversas vezes, que a solução para a recuperação do turismo em Portugal passa forçosamente pelos Territórios de Baixa Densidade.
A Organização Mundial de Turismo tem também alinhado o seu discurso neste novo desígnio.
Em resumo, começamos a ver em termos nacionais e internacionais as opiniões dos experts em turismo convergirem no mesmo sentido.
Indo ao encontro desta nova realidade, a APTS – Associação Portuguesa de Turismo Sustentável está neste momento a desenvolver e a implementar novos conceitos de turismo sustentável em diversos territórios nacionais, já validados internacionalmente, como:
- O Ecoagroturismo
- O Turismo Criativo
- O Slow Turism,
- O Cicloturismo 
Estes produtos contrariam o estilo de turismo que se afirmou no século passado, ou seja, os charters turísticos, os all-inclusive, as excursões programas e planeadas, os horários, etc. Valorizam estadias prolongadas, com tempo suficiente para ir mais além que o “must see”, permitem contactar com espaços locais de pequena dimensão como as nossas aldeias, com os produtores, com os mercados, com as populações, visitar aquela pequena igreja ou restaurante que não constam dos guias, ou seja explorar, descobrir e usufruir dos destinos, dos seus saberes e sabores.

É uma “forma de estar” que surge como um contraciclo ao que é estipulado pelos grandes operadores turísticos.
Tornar-se parte do local que visita, conversar com quem ali vive, procurar entender as pessoas, os modos de viver, os espaços. Conhecer a pé ou de bicicleta. Participar nas atividades locais, contribuindo para o seu desenvolvimento.
O envolvimento ativo das comunidades permite a pulverização das receitas obtidas pela atividade pelos próprios elementos da comunidade, e torna-se fator de combate ao despovoamento com aumento de rendimentos e com intervenção necessária e adequada na paisagem agroflorestal contribuindo paro o aumento da biodiversidade e na prevenção dos fogos florestais, só para dar alguns exemplos.
A atual conjuntura económica e a realidade das alterações climáticas vêm reforçar o potencial de crescimento deste mercado, sugerindo aos destinos a aposta de produtos que os valorizem.
Uma vez que se assume como um movimento alternativo aos padrões turísticos atuais, esta nova forma de fazer turismo não é uma moda, mas sim um estilo baseado nos novos padrões comportamentais assumidos por uma sociedade responsável.
A APTS poderá ir ainda mais além, trabalhando nos Destinos Turísticos juntamente com as Câmaras Municipais e ou outros agrupamentos, tornando-os mais sustentáveis, num melhor aproveitamento dos seus recursos em prol do seu desenvolvimento socioeconómico ajudando a melhorar a qualidade de vida das comunidades.



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